sexta me deparei com a certeza de que eu estava, de fato, apaixonada. então, fui até a casa da lala para contar tudo (tudo mesmo!) o que aconteceu e o que acontecia. ela me entendeu e me pediu pra tentar. a zinha me pediu a mesma coisa.
voltei para a minha vó, e o nervosismo me fazia companhia. a bruna chegou, eu não conseguia nem dar o abraço que ela merecia, e só quando ela saiu pela porta, me dei conta do ocorrido. com isso, a tristeza se fez mais forte. eu não podia nem levantar da cadeira para ir me arrumar (eu já havia combinado de sair). e não podia deixar minhas amigas na mão, logo elas que sempre fizeram de tudo por mim.
a noite teve algumas risadas, mas as minhas soavam desesperadas. a bruna me acompanhou na volta, e ficou durante um tempo comigo. a gente ia deitar e tirar um cochilo, mas como eu não conseguiria, chamei ela para ver uns vídeos. entre eles, estava 'nicest thing' e bastou passar a primeira cena pro encanto (acompanhado de uma certa tristeza) vir de encontro a mim. quando ele terminou, meus olhos e os olhos da bruna continham lágrimas. no final, as minhas eram de confusão. enquanto minha cabeça parecia estar rodando, eu podia escutar a voz da bruna me dizer: eu não vou deixar você desistir, não vou.
ela se foi, e eu resolvi descansar. deitei e me encolhi entre os endredons, não demorou muito pra cair no sono.
o novo dia chegou e trouxe um sol com ele. fui até a bruna para assistir 'paris, te amo', em um dos curtas deste eu lembrei tanto de você. queria voltar pra casa caminhando, olhando o céu. queria ter alguns minutos de paz. a bruna insistiu em me acompanhar, e nessa hora eu estava tão encantada! e ela (bruna) repetia: você é tão sonhadora, isa. não conheço ninguém que seja mais que você. acho que assiste tantos filmes, que pensa estar em um deles.
fiquei pensando no que a bruna falou, mas depois nem tive tempo pra isso. meus pais chegaram e eu confesso que precisava de um 'colo de mãe'.
nós saímos a noite, foi muito legal e minhas risadas foram mais verdadeiras. naquelas horas, eu sabia onde estava. sabia e não achava nada ruim.
voltei para casa e tive um sonho com você. nele você me abraçava tão forte e durante tanto tempo, que quando acordei estava feliz. mas a felicidade não durou muito, porque minha mãe chegou com uma notícia triste e mais tarde recebi outra, que apertou durante um bom tempo meu coração. era você que não tinha o direito de fazer isso comigo ou era eu que não tinha o direito de fazer alguma coisa?
com isso, comecei a sentir saudade daquilo que não aconteceu. senti saudade de dormir abraçada com você, de jogar video game, de ver filme e sorrir no meio sem nem saber o porquê, de compor uma música e depois cantar (você com o violão e eu com a voz), de fazer um bolo e não conseguir terminar, porque comemos o brigadeiro antes e ficamos sujos com os ingredientes, dos abraços na grama, de ver o pôr e o nascer do sol ao seu lado, dos beijos embaixo da chuva.
ah, tantos planos que eu fiz pra nós.
talvez um dia eu tenha a coragem de te dizer isso, e talvez um dia isso possa vir a acontecer (por um milagre, claro).
'I wish you'd never forget the look on my face when we first met'
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